terça-feira, 25 de novembro de 2008

Penso, logo surto #1

Gente, a conversa que segue abaixo aconteceu na madrugada de domingo para segunda, dia 24/11. É claro que editei, corrigi e apaguei coisas supérfluas e comprometedoras e ainda assim sobrou toda essa paranóia delirante sobre o indivíduo, a sociedade e esse blog que aqui você se encontra.

v diz
Oi!
Q diz
Fala Vezinha
v diz
Bão?
Q diz
tamo ae
...

ERA PARA SER UM PAPINHO “MÁ O MENO”, ATÉ QUE...

v diz
Fiz um blog, queria q vc lesse
Q diz
Eu dei uma olhada... vou lá de novo
v diz

Q diz
Me fascinou a primeira vista
v diz
Opa! Que bom!
Q diz
Me instigou
v diz
heheh
Q diz
QUE EU ME PERMITA OLHAR, ESCUTAR E SONHAR MAIS..
FALAR MENOS.
CHORAR MENOS.
v diz
qdo ler, comente, por favor...
rs
Q diz
fazer o seguinte, vou criar um blog tb
como faço?
v diz
www.blogspot.com
Q diz
http://conquistando-o-mundo.blogspot.com/
Q diz
vou detonar seu blog no meu
v diz
Postarás? Escrevendo já?
Q diz
S ...PRONTO
Q diz
Já dei a primeira detonada
v diz
caralho, acabou comigo ...rs
Q diz
Acabei com a noção de que as dores a serem resolvidas são as individuais
Acredito que nossa saída se da pelo pensamento coletivo
v diz
Entendi isso. Mas o coletivo não se forma. Eu não consigo ser par, quanto menos plural. Coletiva. As pessoas não se querem
Q diz
O coletivo já existe, somos uma grande massa, acreditando que somos indivíduos
v diz
Sim. Mas as pessoas tomam com conceito de indivíduo para justificar seu egoísmo
Q diz
E reforçá-lo tb
v diz
É
Q diz
Isso só leva a uma maior frustração
v diz
Pois é, mas são tão egoístas q não conseguem enxergar o problema na individualidade e sim nas pessoas... Afastando-as sempre que podem. Gerou-se um nojo pelo ser humano sem tamanhos
Q diz
Sempre é mais fácil achar que a culpa é do outro, evita o aperto de mão de um possível aliado. Tu convences as paredes do quarto e dorme tranqüilo, sabendo no fundo do peito que não era nada daquilo
v diz
É, e aí?
Q diz
Tava vendo o resto do seu blog
v diz
ahnnn
Q diz
E vai à direção de todos os blogs
Q diz
Acreditar que ai é o espaço da individualidade constituída, onde me colocarei frente aos problemas do mundo
v diz
É.. Eu não disse que não sou ordinária
Q diz
Na verdade seu blog ta me explicitando muitas coisas que eu não tinha muito claro pra mim
v diz
Tipo o q?
Q diz
Basicamente a diferença de ver o mundo pelo prisma do indivíduo e pelo prisma das forças da modernidade
v diz
Dá pra exemplificar onde eu entro nessa história mais diretamente?
Q diz
Então, todos seus posts estão problematizando com isso
v diz
Com isso o q?
Q diz
Vamos analisar esse primeiro?
v diz
Vamos
Q diz
QUE EU ME PERMITA OLHAR, ESCUTAR E SONHAR MAIS..
FALAR MENOS.
CHORAR MENOS.
Essas frases já colocam o sujeito como alguém passível no mundo
v diz
Sim
Q diz
ele não mais exprimira seus sentimentos, apenas estará forçado às forças externas e sua fuga será nos sonhos, na impossibilidade de lidar com o mundo
VER NOS OLHOS DE QUEM ME VÊ A ADMIRAÇÃO QUE ELES ME TÊM E NÃO A INVEJA QUE PENSO QUE TÊM.
Que tipo de problema é colocado aqui? Que tipo de pessoa é essa? Que olha nos olhos do outro e esta preocupada somente com si mesma? Que seu grande dilema esta em pensar o que o outro pensa de SI
E ainda quer te um controle sobre isso neurótico. Quer se achar amada por todos

QUE EU POSSA VIVER OS SONHOS POSSÍVEIS E OS IMPOSSÍVEIS;
AQUELES QUE MORREM E RESSUSCITAM:
A CADA NOVO FRUTO,
A CADA NOVA FLOR,
A CADA NOVO DIA.
De novo no âmbito do sonho
Na falta de possibilidade de viver o mundo agente vai para os sonhos, até os impossíveis. Talvez isso foi o que a Xuxa nos ensinou.
A cada novo... A cada novo... É uma voz muito infantil que não consegue lidar com o mundo adulto de responsabilidades
v diz
Concordo com vc
Q diz
A vida não é fácil mesmo, e não precisamos nos esconder tanto dessas dificuldades tentando recomeçar sempre
QUE EU SAIBA REPRODUZIR NA ALMA A IMAGEM QUE ENTRA PELOS MEUS OLHOS FAZENDO-ME PARTE SUPREMA DA NATUREZA, CRIANDO-ME E RECRIANDO-ME A CADA INSTANTE.
v diz
Será que não é a maneira mais fácil?
Q diz
Se é a mais fácil ela não te ajuda em nada. Tu ficas num circulo vicioso sem saída
v diz
Entendi
Q diz
Sempre em busca de uma nova promessa para depois se frustrar
v diz
Então devo viver frustrada?
Q diz
São os eternos começos de namoros e sua posterior frustração
v diz
É uma fuga...
Q diz
Tá, é... Eu não vou dizer que sei o que fazer, não me acho a pessoa mais bem realizada no mundo
v diz
Eu quero ser feliz
Q diz
Mas vou tentar um chute nessa minha busca
v diz
Não sei como fazer isso aplicando as coisas à minha maneira.
Q diz
Eu acho que devemos procurar a complexidade das coisas
v diz
Procuro fazer à maneira q o mundo diz, para ver se dá certo.
Q diz
Não fechar nossos olhos para suas dificuldades e dilemas. Vivenciar o conflito do mundo
v diz
Procurar mais complexidade além da minha ou ignorar a minha?
Q diz
Eu tô pensando no seguinte
v diz
Diga
Q diz
Essa coisa do amor
Q diz
Agora achei o amor de minha vida
v diz
Qual?
Q diz
Digo, é uma frase que a gente ouve por ai
v diz
Ah
Q diz
E é logo fácil perceber que essa pessoa esta buscando algo interior a ela, que não tem nada a ver com o outro e a frustração logo se faz presente tb,
v diz
É claro. Carência é o nome.
Q diz
Sim, somos seres frágeis e fragilizados e precisamos saber lidar com isso
v diz
As pessoas surgem umas dentro das outras e querem continuar assim
Q diz
É aí que eu acho que uma da base de nossa fragilidade é se enxergar como individuo, quando somos apenas mais um manipulado pelas enormes forças do mundo
O individuo não tem saída!
v diz
Não tem mesmo...a saída mais plausível seria não viver.
Q diz
Não será tentando lutar com o mundo enquanto individuo que tu cessarás suas frustrações, mas pensar o mundo de forma diferente, não é você contra o mundo e contra todos, é simplesmente o mundo e vc mergulhado nele reproduzindo suas estruturas
v diz
Mas vc é a pessoa mais do contra q eu conheço... reproduzindo como?
Q diz
Todos esses dilemas que tu coloca no seu blog, por exemplo, tu colocas como coisas individuais, mas não o são. Tu reproduzes o que todo mundo sente
v diz
Eu sei disso... mas não ouso falar por todos, só por mim...as pessoas que se identificarem que se manifestem, é assim que eu acho que funciona.
Q diz
Tu achas que seus pensamentos são seus? Suas escolhas?
v diz
Não... por isso o conflito
Q diz
Assim Vê, eu sei que não é fácil, pois o mundo todo nos força o contrario, mas não acho que devemos pautar a vida sobre o dilema de ser ou não amados, de não estar sozinho, de ser capaz ou não de consumir algo. Quando nos colocamos sob esses dilemas tenho certeza que estaremos ferrados. Talvez alguns poucos homens senhores do mundo sejam felizes como indivíduos, nós não podemos reproduzir isso
“Quero ser melhor para mim e não para alguém e acho que posso chamar isso de maturidade.”
Toda essa forma de vc enxergar o "eu" é o que chamo de falsidade ideológica, nós não somos definidos por nos mesmos, por nossas vontades, nos somos parte do mundo, querer negar os olhos do mundo é uma besteira, pois seus próprios olhos são os olhos do mundo
v diz
Só consigo te entender pela metade.
Q diz
É, talvez eu esteja querendo criticar demais tb
v diz
Não é isso
Q diz
Então diga
v diz
O que fode é a linguagem
v diz
Eu sinto que te entendo, me provoca coisas as suas palavras
Q diz
O final de teu texto tem uma consciência do que eu tava tentando te dizer
Todos temos uma parte vida que não escolhemos, é aquela parte que simplesmente acontece, é o lugar que você vive, a família que você têm, enfim, o jeito que o mundo gira.
“...ela nos traga e nos cospe a todo o momento e nisso vão se perdendo alguns pedaçinhos da gente,”
v diz
Mas vc se expressa de uma maneira subjetiva demais para um assunto tão mal explorado, teria que ser mais didático, minha linguagem é tão ruim para essas coisas
Essa parte do texto eu julgo ser a que mais me expressei verdadeiramente, foi horrível quando escrevi essa parte, pq não conseguia me explicar direito, desenvolver... A linguagem fica comprometida e confusa
Q diz
Eu acho que foi tão horrível, pois vc ainda acredita que é alguém quando na verdade não é ninguém
v diz
Pode ser mesmo
Q diz
Pois vc contrapõe essa realidade com a possibilidade de algum individuo (você) se realizar no mundo. O que proponho é percebemos o mundo como uma grande maquina, que simplesmente nos encuca com o conceito de sujeito para melhor nos controlar
Nós somos números, somos paixão Tb, mas não enquanto indivíduos.
A paixão dos indivíduos são as paixões da novela, sobre a paixão real não temos controle, pois ela é do universo
v diz
E qual é a paixão real?
Q diz
Indefinível, impalpável, não conseguimos transformá-la em filme, não esta sobre nosso controle, não podemos exaustivamente tentar encontrá-la, o que queremos controlar é a paixão como mercadoria, queremos tê-la, não queremos vivenciá-la, somos estúpidos o suficiente para acreditar que podemos possuir as coisas
v diz
Mas onde nos levará perceber tudo isso?
Q diz
Onde ficaremos se não percebermos?
v diz
Do mesmo jeito de sempre... não sei responder...esse assunto me surta, rs...tenho preguiça das pessoas....e por em prática esse tipo de abordagem só me levará mais de encontro com elas...
Q diz
Eu acho que é a proposta
v diz
Mas fica com um ar de pregação
Q diz
É, de vez em quando fica e de vez em quando é mesmo
v diz
Acho que sou egoísta demais mesmo... Me incomoda demais, mas é mais aceitável do que não ser.
Q diz
O que eu acredito é que ser egoísta é uma armadilha
v diz
...de uma coisa eu tenho certeza: do meu amor pela minha família, pq se ele não existisse eu já teria me matado.
Q diz
vc é sua família
v diz
Como assim? E minha mãe? Meu pai? São o quê?
Q diz
Não conseguimos imaginar um mundo sem ela, nossa visão são seus olhos... da família
v diz
ahn?
Q diz
O mundo nos é mostrado através da família
v diz
Sim... não há como negar isso, seria besteira.
Q diz
O seu lugar no mundo é colocado pela sua família
v diz
Sim
Q diz
Então tu percebes o mundo e o mundo te percebe pelo viés de sua família, por isso digo que tu és sua família
v diz
Entendi... e aí? Vale à pena ir contra isso?
Q diz
Então, acho que é papel de cada um destacar-se disso, mas não é ir contra, para nos colocarmos individualmente no mundo antes de tudo é necessário um profundo entendimento de quem tu és dentro da família
Tipo, eu to falando sobre um prisma da psicologia
v diz
Qual?
Q diz
Acho que é esse o processo da psicanálise, entender como tua subjetividade foi forjado no seio familiar, para assim fazer vc se tornar ciente de si e de seus potenciais
v diz
Não consigo entender...
Q diz
Eu tenho algumas dúvidas sobre o que falo tb não sei se devemos negar nossa existência enquanto indivíduos
v diz
vc tem um embasamento muito diferente e menos fútil q o meu...
Q diz
é, eu to estudando isso
v diz
o q é?
Q diz
são dezenas de anos de tradição acadêmica...então, eu diria que o que tentei te explicar seja mais ou menos uma tradição filosófica que se inicia com Hegel, passa por Marx, vai cair em Adorno e Lacan
v diz
huuummmm...vc acredita q isso é a verdade?
Q diz
no campo das artes que é o lugar de conflito mais pesado colocaria Baudelaire na literatura, Brecht no teatro, Godard no cinema, e todos modernistas...Vê, não me faz muito sentido perguntar se é verdade. A verdade é um conceito positivista que embasa o processo científico moderno. Quando eu estou criticando a modernidade não me posso pautar por um conceito criado por ela.
v diz
entendi.
Q diz
essa própria ânsia de querer uma verdade pode ser criticada, de querer enquadrar o mundo em verdadeiro e falso
v diz
sim, mas parece q só lendo tudo isso q vc lê é possível criticar assim
Q diz
sim, e eu leio pouco, vai conversar com uns caras cabeçudos pra ver
v diz
deus me livre
Q diz
pq Vê, existe um turbilhão de coisas acontecendo no nosso dia a dia que não nos permite pensar de maneira diferente, nos vivemos numa imensa simulação dessas "falsidades"...a televisão como principal instrumento desse mecanismo
v diz
sim, mas e daí?
Q diz
é um milagre alguém conseguir perceber algo diferente que não seja pelos estudos
v diz
eu quero paz de uma forma mais simples... hehehe
Q diz
talvez gênios que consigam manter uma percepção do mundo diferente
é, paz eu não sei onde encontrar, pois o que eu procuro é conflito e percepção
v diz
já percebi isso....mas vc é vc e eu sou eu né?
Q diz
não tenho muita certeza disso
v diz
cada qual respeitando seu espaço
Q diz
isso é o que tu quer impor
v diz
não quero impor nada.
Q diz
Vê, acho que podemos entender essa diferença em nossa linguagem olhando para nossas vidas, se procuro conflito é pq vivo num mundo de "paz e harmonia" há 27 anos, deitado dia após dia, comendo sem o suor do rosto. Tudo o que quero é algo que me chacoalhe a sair dessa situação
v diz
eu sei disso... mas quem disse que tbm não tenho a vida assim?...talvez um tanto menos de dinheiro
Q diz
sei lá, se tu tens não ia querer buscar mais paz...simplesmente não me faz sentido buscar paz
v diz
saquei ... a minha paz será quando eu perder a paz que meus pais me dão...e viver o inferno que é ser sozinho de fato no mundo. Não faz o menor sentido buscar a paz.
Q diz
é maluco isso, pra tu ver como meu discurso é paradoxal. tudo o que procuro e ser sozinho no mundo tb
v diz
tá vendo?...para depois querermos voltar a não ser sozinhos mais.
E a nossa geração está ainda mais fodida, pq nossos pais impedem isso até a última hora, quiçá até quando eles morrerem

Espero que alguém tenha chegado até aqui...E se chegou, entendeu alguma coisa?

sábado, 22 de novembro de 2008

Fellini - Bolero 2




Eu penso
Em Attica embora não saiba por que penso nisso
Eu penso
Em Ferlinghetti um beat qualquer
Eu penso
No começo eu penso no fim
Eu penso
Que você pode ficar louca mais tarde
Eu penso
No seu cabelo
Eu penso
No que eu sinto
Eu penso
No meu pinto no banheiro
Eu penso
Em locomoção
Eu penso
Em suicídio
Eu penso
Em paralelepípedos expressionistas
Eu penso
No que você não disse
Eu penso
No que você disse


Música boa. Ponto.
Um oferecimento de Marcelo Botosso.

Metalinguagem Cínica

Gente***, mal comecei o blog e já entrei em crise com ele. Achei que isso fosse acontecer um dia, mas também não tão rápido assim. Poxa, por que os blogs precisam sempre ser interessantes e ter textos legais e tudo mais?
Pois eu declaro aqui, que esse não será um blog interessante, não terá textos legais sempre, muito menos será atualizado com a freqüência que um blog de respeito deve ser. Vai ser um “Não-Blog”. Hehehe...
(Vão reparando na quantidade e coisas que eu declaro, e, obviamente, não cumpro... ¬¬)
Aliás, esses tais blog de respeito deveriam ser mesmo muito respeitados, porque eles são muito bons minha gente! E olha que eu nem conheço muitos, muito menos leio todos que conheço regularmente, quando eu lembro, eu entro, mas nem sempre estou com saco ou tempo para ler aqueles textos enormes (eu leio devagar pracaraleo) e quando eu tô com saco, simplesmente não me lembro de entrar nos blogs. RS. Aí já viu, né?! A probabilidade de eu lembrar, ter saco e ter tempo ao mesmo tempo, é bastante pequena, mas como a variante tempo despendido navegando na internet é grande, pode-se dizer então que este fator age como atenuante sobre a taxa probabilística. Isso ficou parecendo enunciado de problema de física, não ficou não? ... hahahaha...
Enfim, o que eu queria dizer, mas acabei viajando na maionese, é que esses blogs tops devem ser respeitados porque seus escritores estão ali de graça religiosamente publicando suas interessantíssimas idéias, percepções e causos para nosso egoísta deleite.

Campanha:
“VALORIZAÇÃO DOS BLOGS BONS E NÃO LEIA O MEU QUE É UMA BOSTA!”

Por coerência eu deveria publicar aqui os links dos blogs que eu leio e julgo bons, né? Mas agora, não tô com saco de achar os endereços. Faço isso outra hora, ok?!

Eu já disse que eu apertei o “foda-se” faz tempo? Não? Ah, é por isso então.


***Como se houvesse gente que lê essa coisa. Tá, talvez umas 2 ou 3 perdem tempo, rs.

Olha que legal #1

Legal, né?
A Ana que achou, fazendo trabalho de Perspectiva, rs.
Não sei o que comentar.
É um desenho louco dos Drugues e eu gostei. Ponto.
^^

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Os Pássaros - Los Hermanos



Eu aflito e só,
Confuso e sem você por aqui.
Assim eu sonhei
Mas isso eu não quis.
Que diferença? o dia se fez
Assim.
Há um conflito um nó
Eu difuso enfim
Os pássaros vêm
Me levar aí
Visitar o céu
E pra ver você levantando o véu
Pra mim.
Mas eles só me vêem
Quando eu já não sei
Se eu estou são,
O que é um sonho ruim,
E o que é um sonho bom.
Que diferença? a vida é igual,
assim e eu não sei
Eu não sei...Não sei...Eu não sei..Se isso é você.
Quem bate aí?
Se é pra eu te ver então deixa eu dormir.

Exercício #1

Fui, sou e quero ser.
Um exercício de confissão, análise e reconhecimento.

Por quê?

Uma coisa é fato, não sou suave com as palavras. Expressar-me sem causar reações suspeitas nas pessoas é bem complicado pra mim, tenho sempre que estar ponderando, explicando e amenizando depois da bomba. E ter uma história de vida não muito convencional não me ajuda muito quando tenho que, sobretudo, falar de mim mesma.

Fora isso, eu, sendo do gênero fêmea da espécie homo sapiens falo mais que a boca. Por quê? Simples, falta-me além do filtro para as palavras, uma válvula que interrompa o constante vazamento delas. Quando vi, já falei, sem pensar direito nem escolher a melhor forma.

Acredito que preciso assumir o que fiz e fui de maneira a passar adiante sem demonstrar qualquer tipo de recriminação própria, se é que eu realmente demonstro isso. Mesmo porque não tenho problemas com isso, mas sei que para algumas pessoas que eu quero bem pode ser um problemão.

Sou muito intensa, imediatista e exagero nas coisas na maioria das vezes, mas pouco posso fazer contra minha natureza, principalmente pela pouca experiência. Talvez mais tarde eu controle melhor meus impulsos, mas já vi um grande avanço no relacionamento que tenho com minhas emoções, só me falta ainda um equalizador mais eficiente.
Meu passado nem é tão passado assim, eu admito. É um passado recente, mas está bem delimitado por fases diferentes, entretanto, não posso dizer que mudei totalmente do que era outrora, mas sim que estando no início de uma nova fase, estou mudando na maior velocidade que posso, pois quero ser melhor sempre e sempre. Quero ser melhor para mim e não para alguém e acho que posso chamar isso de maturidade.

Cansei de ser o que os outros pintam e não é fácil sair dessa, mas estou preparada e sei que sou capaz (vamos lá garota!). Todos têm uma história de vida cheia de erros e acertos é o que denominamos experiência. Não sou medíocre nem hipócrita. E com certeza acertei mais vezes que errei. Também tenho noção que uma atitude errada vale por várias certas. Não deveria ser assim. Mas ninguém pode (pelo menos não deveria) me julgar por ter sido o que a vida escolheu para mim. E não estou tirando o corpo fora. Todos temos uma parte vida que não escolhemos, é aquela parte que simplesmente acontece, é o lugar que você vive, a família que você têm, enfim, o jeito que o mundo gira.

Estou aqui para me redimir, para assumir. Peço mais paciência, mais calma, pois estou tentando ter toda do mundo. A vida não pára, por mais que eu quisesse, ela nos traga e nos cospe a todo o momento e nisso vão se perdendo alguns pedacinhos da gente, alguns a gente recupera, outros a gente substitui e o resto fica perdido para sempre. Superar essas perdas é o “x” da questão, mas estou lutando, sempre.

Devaneios à parte, eu só quero ser compreendida e fazer entender. É muito? Eu consigo.

Eu #1

Se eu me permitisse arrepender, arrepender-me-ia.
Se pudesse voltar no tempo, voltaria.
Se conseguisse escolher as melhores palavras, as tomaria.
E se fosse para esquecer, já estaria deletado.

Eu quero minha essência intacta.
Mesmo que ela não agrade, sei das minhas verdades.
Quero adaptação, um guia.
Para expor minha suavidade um dia.

Peço desculpas pelo tudo e pelo nada.
Porque sempre há o que se desculpar.
Desculpe-me.

Tudo pode se esquecer
Esses tempos de tantos porquês.
Sinceramente não quero mais ter.

Para começo de conversa....

Este é um blog desabafo, mas não é daqueles onde você somente encontrará reclamações diárias da vida, minha intenção é usá-lo como ferramenta de auto-análise e sistema digestivo dos absurdos do mundo. Impressões, opiniões e histórias que aqui serão apresentadas dizem respeito apenas à minha pessoa, de minha inteira responsabilidade. Ok? Vamos lá então.

Começo esse blog com uma oração para mim mesma (faça você também):

QUE EU ME PERMITA OLHAR, ESCUTAR E SONHAR MAIS..
FALAR MENOS.
CHORAR MENOS.
VER NOS OLHOS DE QUEM ME VÊ A ADMIRAÇÃO QUE ELES ME TÊM E NÃO A INVEJA QUE PENSO QUE TÊM.
PERMITIR SEMPRE ESCUTAR AQUILO QUE EU NÃO TENHO ME PERMITIDO ESCUTAR.

QUE EU POSSA VIVER OS SONHOS POSSÍVEIS E OS IMPOSSÍVEIS;
AQUELES QUE MORREM E RESSUSCITAM:
A CADA NOVO FRUTO,
A CADA NOVA FLOR,
A CADA NOVO DIA.

QUE EU SAIBA REPRODUZIR NA ALMA A IMAGEM QUE ENTRA PELOS MEUS OLHOS FAZENDO-ME PARTE SUPREMA DA NATUREZA, CRIANDO-ME E RECRIANDO-ME A CADA INSTANTE.

QUE EU POSSA CHORAR MENOS DE TRISTEZA E MAIS DE CONTENTAMENTOS.

QUE MEU CHORO NÃO SEJA EM VÃO, QUE EM VÃO NÃO SEJAM MINHAS DÚVIDAS.

QUE EU NÃO TENHA MEDO DE NADA,PRINCIPALMENTE DOS MEUS MEDOS.
QUE EU ADORMEÇA TODA VEZ QUE FOR DERRAMAR LÁGRIMAS INÚTEIS E DESPERTE COM O CORAÇÃO CHEIO DE ESPERANÇAS.
QUE EU POSSA AMAR E SER AMADO.
QUE EU POSSA AMAR MESMO SEM SER AMADO, FAZER GENTILEZAS QUANDO RECEBO CARINHOS; FAZER CARINHOS MESMO QUANDO NÃO RECEBO GENTILEZAS.
E... QUE EU JAMAIS FIQUE SÓ, MESMO QUANDO EU ME QUEIRA SÓ. AMÉM.

Texto de Oswaldo Antônio Begiato

Bonitinha, né?