quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Exercício #1

Fui, sou e quero ser.
Um exercício de confissão, análise e reconhecimento.

Por quê?

Uma coisa é fato, não sou suave com as palavras. Expressar-me sem causar reações suspeitas nas pessoas é bem complicado pra mim, tenho sempre que estar ponderando, explicando e amenizando depois da bomba. E ter uma história de vida não muito convencional não me ajuda muito quando tenho que, sobretudo, falar de mim mesma.

Fora isso, eu, sendo do gênero fêmea da espécie homo sapiens falo mais que a boca. Por quê? Simples, falta-me além do filtro para as palavras, uma válvula que interrompa o constante vazamento delas. Quando vi, já falei, sem pensar direito nem escolher a melhor forma.

Acredito que preciso assumir o que fiz e fui de maneira a passar adiante sem demonstrar qualquer tipo de recriminação própria, se é que eu realmente demonstro isso. Mesmo porque não tenho problemas com isso, mas sei que para algumas pessoas que eu quero bem pode ser um problemão.

Sou muito intensa, imediatista e exagero nas coisas na maioria das vezes, mas pouco posso fazer contra minha natureza, principalmente pela pouca experiência. Talvez mais tarde eu controle melhor meus impulsos, mas já vi um grande avanço no relacionamento que tenho com minhas emoções, só me falta ainda um equalizador mais eficiente.
Meu passado nem é tão passado assim, eu admito. É um passado recente, mas está bem delimitado por fases diferentes, entretanto, não posso dizer que mudei totalmente do que era outrora, mas sim que estando no início de uma nova fase, estou mudando na maior velocidade que posso, pois quero ser melhor sempre e sempre. Quero ser melhor para mim e não para alguém e acho que posso chamar isso de maturidade.

Cansei de ser o que os outros pintam e não é fácil sair dessa, mas estou preparada e sei que sou capaz (vamos lá garota!). Todos têm uma história de vida cheia de erros e acertos é o que denominamos experiência. Não sou medíocre nem hipócrita. E com certeza acertei mais vezes que errei. Também tenho noção que uma atitude errada vale por várias certas. Não deveria ser assim. Mas ninguém pode (pelo menos não deveria) me julgar por ter sido o que a vida escolheu para mim. E não estou tirando o corpo fora. Todos temos uma parte vida que não escolhemos, é aquela parte que simplesmente acontece, é o lugar que você vive, a família que você têm, enfim, o jeito que o mundo gira.

Estou aqui para me redimir, para assumir. Peço mais paciência, mais calma, pois estou tentando ter toda do mundo. A vida não pára, por mais que eu quisesse, ela nos traga e nos cospe a todo o momento e nisso vão se perdendo alguns pedacinhos da gente, alguns a gente recupera, outros a gente substitui e o resto fica perdido para sempre. Superar essas perdas é o “x” da questão, mas estou lutando, sempre.

Devaneios à parte, eu só quero ser compreendida e fazer entender. É muito? Eu consigo.